Com a função de proteger as paredes, os rodapés em ambientes de saúde devem atender a exigências legais para seu uso e aplicação.
Sempre na busca por inovações para criar espaços saudáveis e sustentáveis, a equipe da MGVA está em constante atualização para trazer dicas e soluções que sejam importantes para os nossos clientes.
Desta vez escolhemos o tema dos rodapés devido a importância deste elemento na arquitetura, a polêmica sobre suas formas de uso e as recentes novidades no mercado.
Em nossos projetos, os rodapés têm dupla função: proteger as paredes de danos e desgastes causados pelo uso e manutenção; dar acabamento no encontro de duas superfícies com materiais distintos, garantindo um ótimo impacto visual nos ambientes.
Opções de rodapés
Os rodapés estão disponíveis em diferentes materiais: cerâmicas e porcelanatos; madeira e MDF com laminado melamínico; poliestireno, EVA e PVC; granito e mármore; metais inoxidáveis (alumínio e aço inox); mantas vinílicas, de borracha e linóleos; entre outros.
As formas de uso variam de acordo com a posição do elemento na parede:
Rodapé sobreposto - é a forma convencional de uso na maioria dos espaços internos. São de fácil instalação, bastando fixar o elemento na parede com parafuso, adesivo ou argamassa, dependendo do tipo do rodapé. Desvantagem: acumula poeira no ressalto, dificultando a limpeza do local.
Rodapé embutido - o rodapé fica totalmente embutido na parede, sem nenhum ressalto, permitindo a limpeza completa do local. Desvantagem: exige mão de obra especializada e intervenção na obra para a instalação.
Rodapé invertido - também conhecido como rodapé suspenso ou negativo. É uma alternativa que traz grande apelo estético, fazendo com que as paredes pareçam flutuar. Disponível em perfil simples e com nicho para instalação de fitas de led para iluminação linear. Desvantagem: requer mão de obra especializada e maior intervenção na obra para instalação.
E em ambientes de saúde, como devem ser os rodapés?
Com a função de proteger as paredes, os rodapés em ambientes de saúde devem atender a exigências legais e normativas para seu uso e aplicação.
A execução da junção entre o rodapé e o piso deve ser feita de tal forma que permita a completa limpeza do canto formado. O rodapé e a parede devem ficar alinhados e sem ressalto que permite o acúmulo de pó e é de difícil limpeza. E não se deve utilizar rodapés com arredondamento acentuado, porque são de difícil execução e não facilitam o processo de limpeza. (ANVISA, 2002)¹
Estes rodapés arredondados, que foram muito utilizados em hospitais no passado, não são mais recomendados, pois a experiência comprovou que tal tipo de acabamento pode, inclusive, dificultar a completa limpeza do ambiente. (EBSERH, 2018)²
Uma opção já muito utilizada em empreendimentos de saúde é a execução do rodapé com o mesmo material usado no piso (mantas vinílicas, granitina e epóxi). Denominado rodapé contínuo, tem a vantagem de não formar fresta na junção entre o piso e a parede, facilitando a manutenção correta. Porém, como é feito com o mesmo revestimento do piso (cor e padrão), atenção deve ser dada ao contraste visual requerido para orientar pessoas com deficiência visual. (ABNT, 2020)³
Recentemente, está disponível no mercado rodapés de sobrepor fabricados em perfil metálico - similar aos acessórios em PVC usados com pisos vinílicos - que denominamos aqui como rodapé justaposto para se diferenciar do rodapé de sobrepor citado anteriormente. A instalação deste rodapé é mais prática do que os demais, não exigindo muita intervenção na obra, bastando fixar os perfis com adesivo diretamente na parede. Porém, não ficam totalmente alinhados com a parede, devido a espessura do material de cerca de 2 milímetros.
Assim, dos rodapés vistos aqui, os mais indicados para ambientes de saúde são: o rodapé contínuo, o rodapé de embutir e o rodapé justaposto. A escolha vai depender das exigências para cada ambiente de saúde. Entre em contato conosco para decidirmos o melhor para o seu espaço de saúde.
1. ANVISA. RDC 50 - Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, 2002
2. EBSERH. Manual de Especificação de Materiais de Revestimento em Hospitais Universitários, 2018
3. ABNT. NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, 2020
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